Aviões britânicos foram interceptados "Se não sair, será destruído"

Dois aviões Typhoon britânicos que escoltavam um avião espião da RAF foram interceptados por forças russas, resultando em uma ameaça explícita: "Se não sair, será destruído".

06/02/2025 - 22:28
Aviões britânicos foram interceptados "Se não sair, será destruído"

Em um episódio que evidencia as crescentes tensões no espaço aéreo próximo à Ucrânia, dois caças Typhoon da Força Aérea Real Britânica (RAF) estavam escoltando uma aeronave de reconhecimento RC-135 "Rivet Joint" sobre o Mar Negro, nas proximidades da Península da Crimeia. Durante a operação, as forças russas detectaram a presença das aeronaves britânicas e emitiram uma advertência contundente: "Você está se aproximando da fronteira estatal da zona de combate da Federação Russa. Se não se retirar, será destruído".

Apesar da ameaça explícita, a missão britânica prosseguiu conforme o planejado. As aeronaves da RAF continuaram a coletar informações sobre as atividades militares russas na região, demonstrando a determinação do Reino Unido em manter suas operações de reconhecimento. O piloto líder do Typhoon destacou a eficácia da missão: "É realmente satisfatório saber que realizamos uma interceptação bem-sucedida, mantendo a integridade do espaço aéreo do Reino Unido e da OTAN". Ele também enfatizou a colaboração com os operadores de controle em terra e o suporte de reabastecimento aéreo fornecido por um Voyager da RAF, o que permitiu a conclusão da missão.

Este incidente ocorre em um contexto de escalada das tensões entre a Rússia e os países ocidentais. Recentemente, a Ucrânia lançou um "ataque massivo" com mais de 200 mísseis e drones contra diversas cidades russas, marcando o maior ataque a alvos militares no território russo desde o início do conflito. Os ataques tiveram como alvo fábricas de produção de armas, refinarias de petróleo e armazéns, atingindo instalações entre 200 km e 1.100 km dentro do território russo em relação à fronteira da Ucrânia.

Em resposta, a Rússia intensificou seus ataques contra a Ucrânia, utilizando mísseis de longo alcance e drones para atingir infraestruturas críticas. O presidente russo, Vladimir Putin, afirmou que esses ataques são uma retaliação aos bombardeios de Kiev contra o território russo com mísseis de longo alcance fornecidos pelos Estados Unidos e pelo Reino Unido.

O Ministério da Defesa britânico reafirmou seu compromisso em defender o espaço aéreo do Reino Unido e dos aliados da OTAN, mantendo uma alta disponibilidade operacional 24 horas por dia, sete dias por semana. Este episódio ressalta as tensões persistentes na região e a importância das operações de vigilância e defesa aérea conduzidas pelas forças da OTAN.

Analistas militares observam que tais encontros no espaço aéreo próximo à zona de conflito aumentam o risco de confrontos diretos entre as forças russas e da OTAN, o que poderia levar a uma escalada ainda maior das hostilidades. A comunidade internacional continua a acompanhar de perto esses desenvolvimentos, enfatizando a necessidade de diálogo e medidas de contenção para evitar um conflito mais amplo.